quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Dinâmicas para trabalhar em sala de aula: História da Língua Portuguesa

DINÂMICA: DOMINÓ SEQUENCIAL
RECURSOS: Texto de apoio, caixinhas de fósforos, papel A4 e tarjetas  digitadas.

METODOLOGIAS:
  • apresentar  à turma um texto, música, charge ou uma notícia
  • escolher palavras chaves, em seguida grifá-las.
  • dividir a sala em equipes.
  • distribuir na sala o dominó com palavras diferentes, para diferentes grupos.
APRESENTAÇÃO DAS EQUIPES.
Os membros das equipes, após terem ordenado o jogo, irão apresentar para turma como ficou a ordem da palavra que lhes foi dada.

AVALIAÇÃO
Se dará pela participação dos alunos e os acertos das sequências das palavras, compreendendo o quanto se modificaram no decorrer do tempo.


DINÂMICA
PROPOSTA: APRESENTAR, ABORDAR SUGESTÕES DE TRABALHOS NO ENSINO DA HISTORIA DA LÍNGUA PORTUGUESA EM ATIVIDADES DE LEITURA

OBJETIVO: MOSTRAR PARA OS ALUNOS A LÍNGUA QUE DEU ORIGEM AS LÍNGUAS ROMÂNICAS OU NEOLATINAS, COMO POR EXEMPLO O ITALIANO,FRANCÊS, ESPANHOL E PORTUGUÊS, EXPLICANDO ASSIM A SIMILARIDADE LINGUÍSTICA ENTRE ESTES IDIOMAS.

MATERIAL: FOTOCÓPIA, CANETA, LÁPIS, BORRACHA, CANETA, APAGADOR, PINCEL.

PROCEDIMENTO: 
  • DIVIDIR A SALA EM EQUIPES DE 5 ALUNOS.
  • DAR COPIAS DO TEXTO EM LATIM E PEDIR PARA QUE OS GRUPOS BUSQUEM TRADUZIR O MAXIMO DE PALAVRAS QUE CONSEGUIREM IDENTIFICAR.
  • VALENDO-SE DA RAZÃO LOGICA E SUAS CAPACIDADES COGNITIVAS, COMO OS MÉTODOS  DEDUTIVOS, ASSOCIATIVOS. 
  • EM SEGUIDA FORNECER-LHES A TRADUÇÃO CORRETA EM PORTUGUÊS, MAS COM A ESTRUTURA DESORDENADA, E CONFORME O ESBOÇO DA PRIMEIRA TRADUÇÃO QUE FIZERAM, REFAZER A ESTRUTURA CORRETA.

TEXTO EM LATIM

OS TEXTOS MAIS APROPRIADOS PARA ESTUDO POR PESSOAS INICIANTES SÃO RETIRADOS DA BÍBLIA. O LATIM BÍBLICO É ESCRITO  EM FORMAS SIMPLES E ACESSIVEIS, SEM O REBUSCADO ERUDITO DOS CLASSICOS ROMANOS, FACILITANDO DESTE MODO O APRENDIZADO. 

EXEMPLO :
CREATIO MUNDI – CRIAÇÃO DO MUNDO
DEUS CREAVIT COELUM
TERRAM INTRA SEX DIES
PRIMO DIE, FECIT LUCEM.
SEGUNDO DIE, FECIT FIRMAMENTUM
QUOD VOCAVIT COELUM
TERTIO DIE, COEGIT AQUAS IN UNUM
LOCUM ET EDUXIT E TERRA[...]



TEXTOS MEXIDOS
OBJETIVO GERAL: ANALISAR ATRAVÉS DA LETRA DE MÚSICA A LINGUAGEM DENTRO DO SEU CONTEXTO;

RECURSOS: LETRAS DE MÚSICAS (AQUARELA DO BRASIL, HINO BRASILEIRO...)

METODOLOGIA: 
  • CÓPIAS DE DIFERENTES LETRAS DE MÚSICAS CONTENDO UMA LINGUAGEM REBUSCADA;
  • DIVIDIR OS ALUNOS EM EQUIPES , IRÃO MONTAR AS LETRAS DAS RESPECTIVAS MÚSICAS;
  • APÓS ANALISAR AS LETRAS DAS MÚSICAS ATENTANDO-SE  ALGUMAS PALAVRAS QUE NÃO SÃO DO CONHECIMENTO DOS ALUNOS;
  • PARTILHAR ENTRE AS EQUIPES O SIGNIFICADO DESSAS PALAVRAS;
  • O PROFESSOR APRESENTA ALGUMAS DESSAS PALAVRAS E COMPARA COM A RESPOSTA DOS ALUNOS;
  • NO FINAL O PROFESSOR DISCUTE COM OS ALUNOS A ORIGEM DAS PALAVRAS.
AVALIAÇÃO: SE DARÁ PELA PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS, E O DESPERTAR PARA CONHECER MELHOR NOSSA LÍNGUA.



DINÂMICA: A LÍNGUA E SUAS VARIAÇÕES

RECURSOS
Papel, caneta, pincéis, régua, lápis, borracha, papel madeira, pesquisas em diversas fontes (Internet, textos de apoio de alguns autores: Ruy Barbosa, Willian Shakespeare, Vinicius de Morais etc). 

METODOLOGIAS
  • Apresentar aos alunos um texto com uma linguagem bem formal.
  •  Fazer análise com os alunos de palavras inseridas no texto, observando o modo como as mesmas eram expressas no meio social anteriormente.
  •  Dividir os alunos em equipes, três ou quatro. Entregar-lhes texto de apoio para que façam uma nova versão do texto em estudo, substituindo algumas palavras, atentando-se para uma linguagem mais atual. 
  •  Pode ser feito uma pesquisa como atividade, na qual os alunos irão pesquisar o tempo em que algumas dessas palavras eram expressas no meio social, percebendo assim, como as palavras se transformam, ou seja, variam.
  •  Trazer a pesquisa em outro momento socializando as informações. Fazer uma listagem de palavras que sofreram variação.

WILLIAM SHAKESPEARE
Soneto 92 
Faz teu pior pra mim te afastares,
Enquanto eu viva tu és sempre meu,
Não há mais vida se tu não ficares,
Pois ela vive desse amor que é teu.

TRECHOS DE “ROMEU E JULIETA”
“…Oh! ela ensina a tocha a ser luzente. Dir-se-ia que da face está pendente da noite, tal qual jóia mui preciosa da orelha de uma etíope mimosa. Bela demais para o uso, muito cara para a vida terrena…”

RUY BARBOSA
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, ...
No outro regime (Monarquia) o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre - as carreiras políticas lhes estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam a que, acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade gerais.

AVALIAÇÃO
Se dará pela participação dos alunos nas atividades: criatividade, conhecimento histórico da nossa Língua e incentivo à pesquisa do assunto em estudo.



BINGO DE PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA

OBJETIVOS 
  • Desenvolver o raciocínio lógico;
  • Aprimorar sua rapidez de reação;
  • Aperfeiçoar a aprendizagem com relação à origem das palavras;
  • Desenvolver habilidades de leitura.

APRESENTAÇÃO
     O bingo é um jogo que pode ser usado como recurso didático que desperte a atenção, curiosidade, motivação e habilidades dos alunos, tornando assim uma  aprendizagem significativa e o desenvolvimento na construção do pensamento, do conhecimento e da autonomia do educando.

METODOLOGIA
  •  A proposta é utilizar o conteúdo da História da Língua Portuguesa no Brasil, dando ênfase à origem das palavras africanas como influência em nossa Língua Materna, o Português;
  • Preparar algumas apostilas, com a relação de A a Z, de palavras que tenham sua origem na língua africana. (Suficiente para dividir a turma em equipes);
  • Dividir a sala em equipes(quantas o(a) professor(a) julgar necessário), entregar para cada equipe uma apostila para estudo prévio.
  •  Marcar o tempo de estudo igual para cada equipe(sugerimos uma semana);
  •  Confeccionar as cartelas do bingo de acordo com o conteúdo: palavras de origem africana;
  •  Para o momento do bingo, o(a) professor(a) deverá realizar um sorteio com o significado de certa palavra e o aluno deverá marcar a palavra que corresponda ao significado proposto; 
  •  Marcar o tempo de estudo igual para cada equipe(sugerimos uma semana);
  •  Confeccionar as cartelas do bingo de acordo com o conteúdo: palavras de origem africana;
  •  Para o momento do bingo, o(a) professor(a) deverá realizar um sorteio com o significado de certa palavra e o aluno deverá marcar a palavra que corresponda ao significado proposto; 
RECURSOS
  •  Apostilas com relação das palavras e seus significados;
  •  Cartelas para o bingo;
  •  Prêmio – a escolher;
  •  Canetas ou lápis para a marcação das cartelas.
AVALIAÇÃO
  •  Se dará de forma participativa  e pelo próprio material, o bingo. 
P.S: O bingo poderá ser em equipes, com uma cartela para cada equipe contendo um número maior de palavras. ( A critério do(a) docente).
         Se em equipes, poderão ser as mesmas, formadas para o estudo anterior ao bingo.






Referências
VITRAL, Lorenzo. A forma cê e a noção de gramaticalização. In:
Revista de Estudos da Linguagem. Belo Horizonte: UFMG, 1996, n.
5, v. 1, p. 115-124.
GONÇALVES, Clézio. De Vossa Mercê a Cê: Caminhos, Percursos e Trilhas.(PUC Minas/IFMG-Ouro Preto)
ARAUJO, Francisco. A GRAMATICALIZAÇÃO DE EMBORA: UM CASO PROTOTÍPICO. Programa de pós-graduação UFC.
Fonte de palavras de origem africana:www.nossalingua.net.br
Acessado 23/1115
-Williamshakespearewilliam.blogspot/.../romeu-e-julieta-ato-i-cena-....
Acessado 17/11/15
-pensador.uol.com.br>autores> William Shakespeare. 
Acessado 18/11/15
rui-barbosa---texto completo-de-famoso-disc... 
Acessado 20/11/15











Língua, o que é?


A Língua é um instrumento de comunicação, sendo composta por regras gramaticais que possibilitam que determinado grupo de falantes consiga produzir enunciados que lhes permitam comunicar-se e compreender-se.Por exemplo:

falantes da língua portuguesa.
A língua possui um caráter social: pertence a todo um conjunto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. Cada membro da comunidade pode optar por esta ou aquela forma de expressão. Por outro lado, não é possível criar uma língua particular e exigir que outros falantes a compreendam. Dessa forma, cada indivíduo pode usar de maneira particular a língua comunitária, originando a fala. A fala está sempre condicionada pelas regras socialmente estabelecidas da língua, mas é suficientemente ampla para permitir um exercício criativo da comunicação. Um indivíduo pode pronunciar um enunciado da seguinte maneira:

A família de Regina era paupérrima.Outro, no entanto, pode optar por:

A família de Regina era muito pobre.
As diferenças e semelhanças constatadas devem-se às diversas manifestações da fala de cada um. Note, além disso, que essas manifestações devem obedecer às regras gerais da língua portuguesa, para não correrem o risco de produzir enunciados incompreensíveis como:

Família a paupérrima de era Regina.

Linguagem, o que é?

O que é linguagem? É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Agora, a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?

Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal é que se utiliza de palavras quando se fala ou quando se escreve.

A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.

Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal!

Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem não verbal!

A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e anúncios publicitários.

Observe alguns exemplos:
Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol.



Charge do autor Tacho – exemplo de linguagem verbal (óxente, polo norte 2100) e não verbal (imagem: sol, cactus, pinguim).
  
Placas de trânsito – à frente “proibido andar de bicicleta”, atrás “quebra-molas”.

Símbolo que se coloca na porta para indicar “sanitário masculino”.


Imagem indicativa de “silêncio”.

Semáforo com sinal amarelo advertindo “atenção”.
  

Língua Falada e Língua Escrita


Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.
No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:


Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado.


Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola.


Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura.

Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.

Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta.

Opinião de um professor do Curso de Letras: Qual a importância de conhecer a História da Língua Portuguesa:

Estudar uma língua, é estudar atentamente a cultura de um povo. Todo estudante de Letras que estiver, de fato, preocupado com a aprendizagem qualitativa da Língua Portuguesa precisa conhecer a história da nossa língua, desde suas origens remotas no Lácio até as manifestações populares no Brasil. É imprescindível saber como o latim se expandiu e como dominou as línguas locais nas províncias romanas. Também é necessário conhecer, em especial, a influência do galelo na formação do português. Ainda hoje há palavras que usamos na forma original latina, como se ler numa marca de suco de laranja: o "citrus". O profissional de Letras que atenta para o percurso histórico da língua portuguesa se apropria de suas características fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas e, assim, pode explicar para os alunos da educação os fenômenos típicos desta nossa manifestação cultural. Trata-se da língua portuguesa em uso real nas relações verbais interativas, no dia a dia. Uma vez entendido esse percurso histórico e as suas implicações sócio-culturais, está-se autorizado a ensinar português.

Wellington Costa - IFCE / campus Crateús

ATIVIDADES COM MÚSICAS PARA TRABALHAR EM SALA DE AULA

benefícios:

Sugestão 01: GRAMÁTICA E MÚSICA
OBJETIVO:
                Levar  o aluno a refletir e identificar conteúdos de gramática no contexto de uma música

METODOLOGIA:
¢   Entregar cópias da música aos alunos;
¢  Colocar o áudio da música;
¢  Identificar na música, junto com os alunos, os conceitos gramaticais estudados.

CEARÁ, TERRA DA LUZ - FAGNER 
       Imagina um lugar lindo todo colorido
                               Pintado na bela tela pelo criador
                               Imagina o meu lugar dos sonhos, o meu paraíso
                               As cores da felicidade sorrindo pra você
                               Imagina meu porto seguro, minha alegria
                               Eu agradeço todo dia, eu tenho amor e paz
                               Daqui o mundo é tão bonito, pode ter certeza
                               Tanta beleza, não troco por nada
                               Eu sou feliz demais

FAMÍLIA – TITÃS
Família, família
Papai, mamãe, titia,
Família, família
Almoça junto todo dia,
Nunca perde essa mania
Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe, não dão nenhum tostão
Família êh!
Família áh!


Sugestão 02: REFLEXÃO E PRODUÇÃO TEXTUAL SOBRE MEIO AMBIENTE
OBJETIVOS:
¢  Levar os alunos a refletirem sobre a preservação do Meio Ambiente;
¢  Estimulá-los  a criarem um Painel Ecológico.

METODOLOGIA:
¢  Entregar cópias da música aos alunos ou colocar em slides;
¢  Colocar o áudio da música;
¢  Refletir sobre a letra da música através de alguns questionamentos;
¢  Conduzi-los na produção do Painel Ecológico.

PARTE 1:
XOTE ECOLÓGICO – AGUINALDO BATISTA E LUIZ GONZAGA

Não posso respirar
Não posso mais nadar
A terra está morrendo
Não dá mais pra plantar
Se plantar não nasce
Se nascer não dá
Até pinga da boa
É difícil de encontrar
Cadê a flor que estava aqui
Poluição comeu
O peixe que é do mar
Poluição comeu
O verde onde é que está
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes Sobreviveu

PARTE 2: REFLEXÕES:
  1. O que é meio ambiente?
  2. Qual o significado de ecologia?
  3. Cite alguns problemas que as bebidas alcoólicas (pinga) podem apresentar em seus consumidores.
  4. Complete a tabela:
Problemas
Agentes Responsáveis
Não posso respirar

Não posso mais andar

O verde onde é que está?

Nem o Chico Mendes sobreviveu


PARTE 3: PAINEL ECOLÓGICO
                Criar frases com dicas ou conselhos e colar desenhos ou gravuras  sobre conscientização da preservação do Meio Ambiente.

AVALIAÇÃO:
                O professor deverá verificar se os alunos entenderam o que é preservação do Meio Ambiente e sua importância através dos textos e painel produzidos .


Sugestão 03: LINGUAGEM ORAL E ESCRITA E CULTURA NORDESTINA
OBJETIVO:
                Fazer com que os alunos reflitam sobre a letra da música, discutindo desde seus aspectos culturais até o tipo de linguagem utilizada.

METODOLOGIA:
¢                 Adoção das músicas de Patativa do Assaré para analise de conteúdos voltados à reflexão sobre variedade lingüística e sua importância.

VACA ESTRELA, BOI FUBÁ

Seu doutor me dê licença pra minha história contar.
Hoje eu tô na terra estranha, é bem triste o meu penar
Mas já fui muito feliz vivendo no meu lugar.
Eu tinha cavalo bom e gostava de campear.
E todo dia aboiava na porteira do curral.
Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê Vaca Estrela,
ô ô ô ô Boi Fubá.
Eu sou filho do Nordeste , não nego meu naturá
Mas uma seca medonha me tangeu de lá pra cá
Lá eu tinha o meu gadinho, num é bom nem imaginar, 
Minha linda Vaca Estrela e o meu belo Boi Fubá
Quando era de tardezinha eu começava a aboiar
Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê Vaca Estrela,
ô ô ô ô Boi Fubá.

PARTE 1: Pedir aos alunos que identifiquem expressões da utilização de linguagem coloquial presente na música, destacando assim a importância da variação linguística.

PARTE 2: Levantar questionamentos do que de parecido a situação citada na música tem com os dias atuais e com o cotidiano dos alunos. Poderá também ser abordada a questão da importância e da vivência do agricultor.

PARTE 3: Conduzir os alunos, individualmente ou em grupo, na elaboração de um DICIONÁRIO NORDESTINO.


Sugestão 04: TRABALHAR COM VERBOS
OBJETIVO:
                 Identificar os verbos na música.
                Produzir um texto em que os verbos sejam usados para descrever ações cotidianas.

METODOLOGIA:
                Adoção da música TODOS OS VERBOS – ZÉLIA DUCAN para analise de conteúdos voltados a identificação de verbos.

TODOS OS VERBOS – ZÉLIA DUCAN
Errar é útil,  Sofrer é chato
Chorar é triste, Sorrir é rápido
Não ver é fácil, Trair é tátil
Olhar é móvel, Falar é mágico
Calar é tático, Desfazer é árduo
Esperar é sábio, Refazer é ótimo
Amar é profundo,
 E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo,
E nele sempre cabem de vez

ATIVIDADE 1:
I – Destacar todos os presentes na música:

TODOS OS VERBOS – ZÉLIA DUCAN
Errar é útil,  Sofrer é chato
Chorar é triste, Sorrir é rápido
Não ver é fácil, Trair é tátil
Olhar é móvel, Falar é mágico
Calar é tático, Desfazer é árduo
Esperar é sábio, Refazer é ótimo
Amar é profundo,
 E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo,
E nele sempre cabem de vez

ATIVIDADE 2:
                O professor propõe aos alunos que, seguindo o modelo da música, escrevam um texto, usando somente verbos para descrever suas ações cotidianas.

AVALIAÇÃO:
                O professor verificará se os alunos reconheceram os verbos na canção e os empregaram corretamente na produção textual.


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Nordestinês



CONDENADA (O): Alguém sem sorte; “a infeliz”; a coitada; a miserável; a pobre; É um xingamento inofensivo (se é que existe) expressando piedade pela situação ou situação que se encontra outrem. Ex: “O Condenado do Francisco Genivaldo nem veio e nem mandou recado. Dextá! Quem tem com que me pague não me deve nada”

É O NOVO: Expressão utilizada para debochar de alguém que evoca termos, expressões ou palavras que são do “tempo do ronca”, quando o mundo ainda era preto e branco.

ESPELICUTE: Pessoa que anda toda produzida e se utiliza de trejeitos no caminhar, nos gestos e não maneira de falar. Faceira; esperta; matreira; sabida.

FOBENTO: Diz-se daquela pessoa que se gaba, que conta vantagens a respeito de si; metido a valente, danadão. Aquela que late e não morde; só tem arranque.

MAL ENCARADO: Pessoas de modos estranhos, suspeitos. Refere – se a quem tem cara de brabo ou de zangado. Usado também para designar uma pessoa antipática e/ou quem tem cara de mal caráter.

MUNDIÇA:  Gentinha; ralé, cafuçu, pessoa sem instrução. Ex: “Eu nunca vi uma pessoa gostar tanto de cafuçu como esse Chico. Só se acompanha com mundiça!”.

NUM VALE O QUE O GATO ENTERRA! : O gato costuma defecar e logo em seguida, enterra. Assim a expressão refere-se a uma pessoa que não vale “merda”, não vale nada.

OFERECIDA: Diz-se de alguém que se oferece ou é muito inxirida, apresentada.

PEDIR PENICO: Pedir arrego, clemencia; desistir de algo; admitir a derrota. Ex: “Rosinete, peça penico e aceite logo o casamento... Você tá é apaixonada pelo chico!”

PELEJAR: Insistir, usar de todos os recursos para atingir um objetivo e/ou tentar todas as maneiras para solucionar alguma questão.

PEPETINHA: Meninas jovens, recém saídas ou estando na adolescência, ninfetas.

PEREBA: Ferida ou ferimento que tem a aparência muito feia.

TAMBURETE DE FORRÓ: Referência a um indivíduo de baixa estatura. Existem também outras denominações como toco de amarrar jegue, piloto de autorama etc.


Chico chegou todo escangotado em casa, Rosinete se aperreou mas não perdeu a mania de dar uns carões no Chico.
- Diabo é isso Francisco Genivaldo? Que marmota é essa? Nextante eu passei no campo e tu tava no racha e agora me aparece todo escombichado.
- Foi aquele fidirrapariga que me arengou.
- É nisso que dá se acompanhar com mundiça. Tu num quer ser gente não, macho? Crie vergonha nessa cara... como é que faz uma presepada dessas, quebrar pau em meio de rua?!?
- Eu quero é ver se aquele mói de chifre ainda se inxiri porseu lado. Ele num tá nem com a mulesta...
- Você é que num ta com a peste de ficar armando fuá na rua. Vê se tem cabimento um negoço desse? A gente quer fazer de bruto, gente, é nisso que dá. E olhe, não tem nadazaver ficar conversando miolo de pote, deixe de muagem que eu lá quero conversar com aquela marmota...
- Pois eu acho é bom mesmo. Aquele maufazelo, mau encarado num é de nada e fica querendo cagar goma. Se tu soubesse as gabolices que ele tava dizendo era tu que tinha moído ele de peia...
- Ai foi? Pois deixe eu pegar ele no meio da rua...


Regionalismos

O Brasil é um país com um território amplo e mesmo assim ainda possui uma língua única. Além de contribuir para uma grande diversidade nos hábitos culturais, religiosos, políticos e artísticos, a influência de várias culturas deixou na língua portuguesa marcas que acentuam a riqueza de vocabulário e de pronúncia. É importante destacar que as diferenças na nossa língua não constituem erro, mas são consequências das marcas deixadas por outros idiomas que entraram na formação do português brasileiro. Entre esses idiomas estão os indígenas e africanos, além dos europeus, como o francês e o italiano. A influência desses elementos presentes em cada região do país, aliada ao desenvolvimento histórico de cada lugar, fez com que surgissem regionalismos, isto é, expressões típicas de determinada região. Essa variedade linguística pode se manifestar na construção sintática – por exemplo, em algumas regiões se diz "sei não", em outras "não sei", mas a grande maioria dos regionalismos ocorre no vocabulário. Assim, um mesmo objeto pode ser nomeado por palavras, diversas, conforme a região. Por exemplo: no Rio Grande do Sul, a pipa ou papagaio se chama pandorga; o semáforo pode ser designado por farol em São Paulo, e sinal ou sinaleiro no Rio de Janeiro.
Regionalismo é, na língua, o emprego de palavras ou expressões peculiares a determinadas regiões. Em literatura, é a produção literária que focaliza especialmente usos, costumes, falares e tradições regionais.
 

Exemplos de regionalismos:
Expressões típicas da região Nordeste:
Abestado = Bobo, leso, tolo.
Abirobado = Maluco.
Abufelar - Irritar, ficar brabo.
Amancebado = Amigado, aquele que vive maritalmente com outra.
Amarrado = mesquinho; avarento.
Arretado = tudo que é bom; bacana; legal.
Avalie = Imagine.
Avariado das idéias = meio amalucado.
Avexado = Apressado.
Bater a caçuleta = Morrer.
Bizonho = triste, calado.
Brenha = Lugar longe de difícil acesso; escuro.
Briba = Pequena lagartixa.
Bruguelo = Criança pequena

Expressões típicas da região Sul:

Alçar a perna = Montar a cavalo
Campo santo = Cemitério
Embretar-se = Meter-se em apuros
Guacho = Animal ou pessoa criada sem mãe ou sem leite materno
Maleva = Bandido, malfeitor, perverso
Olada = Ocasião, oportunidade
Parada = importância em dinheiro pela qual se contrata uma corrida de cavalos ou uma briga de galos.
Relho = Chicote pequeno com cabo de madeira e cabo torcido
Solito = Isolado, sozinho, sem companhia
Tirana = Dança popular acompanhada de viola.
 
 Expressões típicas da região Norte:

De rocha = Palavra ou assunto com convicção
Égua de largura = Muita sorte
Essa é da grife do varal = Roupa roubada
Levou o farelo = Morreu
Miudinho = Pequeno
Paga uma aí = Paga uma bebida
Vigia bem = Presta atenção
Umborimbora? = Vamos embora?

 
Expressões típicas da região Centro Oeste:
Cara =  usado para referir a pessoa
Caraca = expressão de espanto
Chaveco = flerte
Velho ou coroa = pai
Se liga = o mesmo que se toca / fique esperto
Vê se me erra = deixe-me em paz
Camelo = bicicleta
Massa = legal
Paia = chato
De rocha = Papo sério ou de verdade
Chegado = Amigo
Colado = Mais que amigo
Careta = Cigarro

 Expressões típicas da região Sudeste:

 À pampa =  muito legal
Baseado = maconha
Bater um rango = matar a fome
Bombeta =  boné
Buzão = ônibus
Chega aí mano = vem aqui irmão
Dá hora =  legal, maneiro
Dedo-duro =  sujeito que delata outro
Demorou =  expressão que denota a espera prolongada por algo que já podia ter sido feito ou pode significar também aceitação de algum pedido. Tipo assim – E aí mano, vamo dá uns rolês? Pô, demorô!
Firmeza =  com certeza
Mina =  garota paulistana
Ôrra meu =  admiração por algo
 

Essas palavras são apenas alguns exemplos de como a linguagem varia de região para região.

Variação Social
         
Refere-se às formas da língua empregadas pelas diferentes classes ou grupos sociais. 
 “o réu vive de espórtula, tanto que é notória sua cacosmia”. (linguajar jurídico).
"Oi rapeize do surf brigadão pela moral que vcs tão me dando, pow ta muito bom quando ta batendo aquelas ondas na prainha. Tá show, valeu brigadão". (conversa de surfista). 

Gíria
A gíria é uma das variedades que uma língua pode apresentar. Quase sempre é criada por um grupo social, como o dos fãs de rap, de funk, de heavy metal, o dos surfistas, dos skatistas, dos grafiteiros, etc.
Existe também a nova linguagem virtual o famoso internetês. Exemplos:


 
É um grande problema quando falamos gírias com quem possivelmente não compreenda. Por isso existe a língua padrão, para evitar que pessoas não entendam a linguagem de outras.

Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.

Exemplos de jargões jornalísticos:
cabeça: chamada para matéria;
cair: deixar de publicar uma matéria;
enxugar: tornar o texto mais objetivo, mais curto.
foca: jornalista recém-formado.
limar: tirar do texto as informações menos importantes.

Exemplos de algumas gírias do funk:
Abalar: Causar boa impressão.
Alemão: Pessoa de caráter duvidoso. Falso, duvidoso, velhaco.
Bucha: Pessoa inconveniente, importuna, safado.
Cap (quép): Boné
Sangue Bom: Pessoa de qualidade, boa índole.Zoar: Agitar, fazer agito.
Bonde: Fileira. Grupo de amigos da mesma comunidade.
Caozeiro: Quem mente demais.
Chapa Quente: Lugar que o clima é agitado.
Morô?: Entendeu?
Pancadão: Batida grave do miami bass.
Passar o rodo: Atacar.
Rolé: Passear, Andar sem compromisso.
Style: Estar muito bem arrumado.
Tchutchuca: Garota bonita.
Tigrão: Homem de aparência grotesca que consegue namorar mulheres bonitas.
Uva: Bom. O baile tá uma uva: O baile tá bom.
X9: Informante.

 Variação situacional
 É a capacidade que tem um mesmo indivíduo de empregar as diferentes formas da língua em situações comunicativas diversas, procurando adequar a forma e o vocabulário em cada situação.
No trabalho, na escola, com os amigos, com a família, em solenidades, no mundo virtual, etc.


Dependendo do grupo social que você se encontra é mudada sua linguagem. Com um colega por exemplo, é usado gírias já com um professor é usado a linguagem formal, esta mudança é justificada por você estar interagindo com grupos sociais diferentes.
Considerações importantes:
  • Todas as variações estão presentes tanto na língua falada quanto na língua escrita. Podemos, inclusive, encontrar (e usar) as variações linguísticas em diferentes contextos de produção escrita.
  • Existe uma variedade de língua padrão, que é a variedade linguística de maior prestígio social. Aprendemos a valorizar a variedade padrão porque socialmente ela representa o poder econômico e simbólico dos grupos sociais que a elegeram como padrão.
  •  É importante compreender as variações linguísticas para melhor usar a língua em diferentes situações. Utilizar a língua como meio de expressão, informação e comunicação requer, também, o domínio dos diferentes contextos de aplicação da língua.
  • O idioma pode ser um instrumento de dominação e descriminação social. Devemos, por isso, respeitar as linguagens utilizadas pelos diferentes grupos sociais. 
 Fonte:http://letrasmarques2013.blogspot.com.br/2013/08/regionalismos.html